Páginas

domingo, 24 de março de 2013

Pró-animal

APAM = ASSOCIAÇÃO DOS PROTETORES DOS ANIMAIS DE MOSSORÓ
 R. Maria Salem Duarte,131 Abolição 11, Mossoró, Fone 331S 4971
Prezada Senhora, prezado Senhor, amig(a)o de animais, Recebemos das suas mãos um animal doméstico para cuidar dele, até o senhor (a senhora) o receber de volta, até ele ser adotado por um novo dono ou até ele terminar seus dias na APAM.
Talvez nem o senhor (a senhora) conheça o animal. Simplesmente por caridade o apanhou na rua para protegê-Io do pior. Deus também vai se lembrar um dia que o senhor (a senhora) praticou caridade para criaturas que Ele criou por amor e não quer que eles sofram.
Solicitamos sua aiuda também para as despesas neste trabalho.
Se o animal estava na sua casa, não precisava também de comida, limpeza, remédios...? Também, aqui, ele precisa. Aliás, as despesas daqui são mais do que na sua casa, porque lá provavelmente o senhor (a senhora) cuidava. Aqui, pagamos os funcionários para cada serviço com todos os seus direitos sociais que a lei Ihes assegura. Portanto. aiude-nos como puder:
  • na alimentação: um fardo de massa de milho ou arroz - sempre será bem-vindo! Carne de terceira qualidade ou restos (ossos), peles, vísceras, carcaça, gordura, ovos trincados, peixe, queijo vencido... feijão que sobrou (não azedo), leite com a data vencida, pão velho ou endurecido. Tudo isso serve! Para entregar não misture tudo num balde, mas deixe separado em saquinhos plásticos ou suas vasilhames que nÓs, na hora da entrega lhe devolveremos. Naturalmente serve muito bem ração de gatos, de cachorro.
  • Na compra de produtos de limpeza: água sanitária, detergente, papel higiênico, algodão, baldes, vassouras, rodos, pás, Triatox para o banho.
  • Vasilhames para a comida e para a água dos animais (plástico ou alumínio ou ágata) .
  • Material de construção, pedaços de madeira', uma porta ou uma grade velha (sem cupim!) - sempre precisamos fazer consertos.
  • Contribuição Financeira será bem-vinda, tanto mais que com ela poderemos comprar o que, no momento, nos é mais necessário
Podemos também fazer um recibo assinado pela diretoria da APAM.
Por toda ajuda, toda compreensão ':":DEUS OS ABENÇÔE! Pela Diretoria da APAM: Irmã Ellen













Inset photos by Gilmar Henrique

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Monstros – essas belas criaturas.


Denominamos de monstros animais que possuem peles ásperas e  formas anatômicas assimétricas. Herdamos esse modo de pensar  das concepções alegóricas da mitologia greco-romana sobre as forças antagônicas entre o bem e o mal, o belo e o feio, sendo aqueles primeiros - o bem e o belo, representados por Apolo – o mais belo e forte dos deuses. Até aí, fisicamente falando, tudo bem. Logo porque, na natureza humana, encontramos, também,  espécimen análogas às duas concepções. 


Porém, é totalmente  incôngruo e injusto quando utilizamos a palavra monstro ou qualquer outra atinente ao reino animal como figura de linguagem para nos referirmos a “certos” comportamentos humanos cruéis e destrutivos. Nem na prosa ou poesia tal comparação se faz jus à apelação.
O comportamento do ser humano é próprio de sua natureza e por ela mesma dever ser analisado.
Veja a foto abaixo e depois reflita sobre as seguintes questões:


Que defesa tem esse pobre animal contra vários seres “racionais”   armados que se divertem covardemente  com  o sofrimento  que se lhe infligem dentro de uma estrutura espetacular  lotada de sádicos espectadores? 
Não seria isso o ápice da monstruosidade humana nessa concepção pejorativa? 
Que criaturas monstruosas no reino animal  seriam capazes de praticarem , por sádica volição, ações com extremo requinte de crueldade  e em seu  mais alto grau de hediondeza?

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Educação em ação ( 1 )


Caros amigos,
Estou concluindo a elaboração de um projeto de extensão intitulado Educação em Ação: estratégias e perspectivas interdisciplinares em prol da cidadania. Para finalizar este plano de ação preciso de voluntários para compor sua equipe de trabalho. Por isso, estou encaminhando, como item anexo,  uma exposição escrita das idéias centrais do projeto, a quem interessar possa, a fim de angariar membros voluntários e/ou sugestões contributivas.
O projeto é audacioso e contempla, no pensar pitagórico, o que considero como a quintessência da minha íntima relação entre ser, expressar-se e agir  em todas as esferas sociais e, principalmente, acadêmica -  minha responsabilidade maior.
 Abraços fraternos
Gilmar Henrique

Educação em ação
Por
Gilmar Henrique
(Estratégias e perspectivas interdisciplinares em prol da cidadania)

PARTE I  - O PLANO

Educação em Ação: estratégia e perspectivas interdisciplinares em prol da cidadania é um projeto de extensão que tem por objetivo levar à comunidade mossoroense conhecimentos necessários ao desenvolvimento da consciência social  de seus indivíduos, contribuindo, por meio de ações educativas e interdisciplinares, não apenas no processo de eliminação de falsas concepções ideológicas historicamente herdadas, como também, de  outras concepções distorcidas de ver a realidade e suas conseqüências negativas que desestabilizam a harmonia social e o bem-estar do cidadão. Para tanto, é necessário, primeiro, estabelecermos parâmetros do que consideramos atinentes a esses conhecimentos necessários, os tipos de consciências que precisamos despertar  e o que entendemos por cidadania.

É na área das ciências humanas, tais como Sociologia, Psicologia, Direito, Lingüística, Filosofia e muitas outras, que iremos buscar os subsídios teóricos que irão descrever as causas dos conflitos sociais e pessoais gerados no seio de uma sociedade.  Uma vez esclarecidos esses fenômenos à luz dessas ciências  no plano da instrução e da pesquisa, passaremos para a outra dimensão dessa questão no plano da educação e em ações extensionistas - a transformação de valores ideológicos transmitidos por meio dos signos linguísticos que, por si, já elicia transformação de comportamentos. Eduardo LOPES acredita que “o comportamento dos indivíduos sociais é duplamente programado ( no sentido cibernético): (a) por um código genético, herdado de seus antepassados; (b) por um código lingüístico ideológico, aprendido de seu grupo” (2004, p. 17). Portanto, são os signos lingüísticos, as substâncias da linguagem, mais do que qualquer outra coisa, que carregam, em si, os valores da sociedade a qual o indivíduo pertence.

Quanto aos tipos de consciências, entendemos que o bem-estar social depende do desenvolvimento integral e harmonioso entre as duas dimensões das consciências de seus cidadãos: a consciência de si e a consciência do outro. Aquela exige reflexão sobre os estados interiores do sujeito. Já a consciência do outro está voltada para a atenção sobre o mundo e os efeitos  dialéticos entre subjetividade versus alteridade.  Entretanto, entram como insumo nesse processo de desmistificação e elucidação do que vem a ser o desenvolvimento de consciências integrais as perspectivas de Émile DURKHEIM sobre o que ele descreve enquanto consciência coletiva; as teorias de Karl MARX sobre consciência e falsa consciência de classe como instâncias constituintes das relações sociais que ele  denominou de materialismo dialético e, por último, mas, nem por isso, menos importante, a consciência de filiação à classe, teoria apresentada por Michel MANN decorrente da ampliação das perspectivas marxistas.

Enfim, chegamos ao cerne dessa questão: o cidadão e a cidadania. Tomamos como perspectivas teóricas a esse respeito, a definição apresentada pelo historiador e sociólogo britânico Thomas H. MARSHAL e a ressalva que ele faz dos problemas de exclusão de grupos que se desenvolvem corolários a esse modelo de sistema social.  Marshal define cidadania como uma realidade social na qual todo cidadão é titular de três tipos distintos de direitos. A saber: 1º, os direitos civis, ou seja, o direito de liberdade de expressão, igualdade de tratamento perante as leis; o direito de ser informado e o direito de ir e vir. 2º, os direitos políticos. Estes incluem o direito de votar e de concorrer a cargos públicos e 3º, os direitos socioeconômicos que incluem o direito de ter um bom emprego e ser sindicalizado; o direito ao bem-estar social,  à segurança e o direito de livre iniciativa nos negócios profissionais. Porém, a esse respeito, Marshal fez a seguinte ressalva:  essas belas prerrogativas ameaçam as superestruturas das classes sociais dominantes por que contrariam os interesses daqueles que possuem ou controlam os meios de produção num sistema econômico capitalista, gerando, inevitavelmente, conflitos de classes.

Com o intento de evitar conflitos de classes e promover convívio social pacífico, a classe dominante, mui sabiamente,  percebeu que declarar exclusão  de privilégios a certos grupos não era, politicamente, correto, em vez, optaram por elaborar projetos educacionais de inclusão social para que, os desprivilegiados, sentindo-se incluídos, aceitem a legitimidade do sistema que os explora sem se sentirem explorados e, consequentemente, eliminar a possibilidade de se rebelarem contra ele.

Em virtude dos argumentos supramencionados, salientamos que  o objetivo primordial desse plano de ação educacional não é apenas identificar, entre os vários conhecimentos relativos às ciências humanas, o discurso de Marx e de outros grandes pensadores – isso as classes dominantes já o fizeram, mas adotar uma atitude, verdadeiramente, elucidativa desse processo dialético do materialismo histórico, convidando o educador, que se engajar neste projeto,  a assumir  uma consciência deveras crítica para promover a transformação de realidades imperiosas de classes dominantes que se perpetuam na história da humanidade por meios de manobras resilientes, adaptativas e circunstanciais